sexta-feira, 26 de março de 2010

Juliana Sinimbú prepara lançamento de seu 1º disco


Juliana Sinimbú é uma cantora que me chama a atenção no cenário da música paraense atual. Os motivos são fáceis de enumerar sem muita reflexão. Sua presença, de palco e de espírito; Sua elegância, visual e sonora; sua capacidade de interpretação de letras significativas; sua voz que parece ter cor.

Os elogios não são gratuitos e são resultado de um concerto que assisti na qual ela tocava com músicos de Jazz da noite paraense, no Baiacool, quando ainda era próximo a praça do Arsenal e quando eu ainda morava em Belém.  

Eram músicas improvisadas, nas quais Juliana não se perdia no meio das alucinações dos músicos; ela simplesmente se encontrava, e me encontrava junto, pois era isso que eu esperava de uma cantora e de um grupo de música, e era isso que há muito tempo não tinha a satisfação de ouvir.
O concerto, até onde sei, não ficou registrado senão na minha memória e em minhas palavras, mas basta para saber que a qualidade ímpar de Juliana se tornou uma boa amizade que cultivamos tecnologicamente pela internet.

Eu descobri que morávamos próximos, e ela que eu era pianista; nos encontramos e trocamos algumas poucas ideias sobre música e outras opiniões. Enfim, quando fiquei sabendo que Juliana lançaria esse ano o seu primeiro disco, não pude perder a oportunidade de investigar sobre o seu trabalho. 
 
Consegui uma entrevista à distância com ela, eu no Rio de Janeiro, graças à um Gentil convite de minha amiga Ângela Bazzoni para a oportunidade de escrever para a coluna de música no Diário do  Pará Online.
 
O leitor pode, então, saber mais detalhes sobre a cantora que já é bem destacada no cenário artístico paraense. Muito simpática e gentil Juliana respondeu a algumas perguntas sobre o seu trabalho e sobre projetos para o futuro.
 
- Percebo que você está envolvida com uma nova safra da música paraense interessada em produzir músicas autorais e você é um dos ícones que tem se destacado. Como é fazer parte deste movimento tão vivo na cidade?  
 
Juliana Sinimbú: É uma honra poder interpretar canções tão bacanas e bonitas dessa safra de novos compositores paraenses. Isso mostra cada vez mais que o Brasil é miscigenado e daqui saem sambas, baiões, valsas e música de ritmos tipicamente paraenses.
Assumir de certa forma uma posição de linha de frente desse movimento, ao mesmo tempo em que é uma responsabilidade sem tamanho, sim, é uma grande alegria.
 
- Qual a proposta do seu novo disco?
 
JS: A proposta do disco foi a princípio pesquisar os principais ritmos latino-americanos e os misturar numa só canção, dando células interessantes e de sonoridade inovadora. No mais, resolvemos colocar “entreatos” (entre músicas) com vinhetas bem interessantes, dando naturalmente uma sensação de roteiro sonoro. Vale lembrar que o disco está em fase de mixagem.
 
- E quais compositores você escolheu para brindar seu trabalho? Foi difícil o trabalho de seleção das músicas? Comente um pouco.
 
JS: De compositores daqui, os que sempre admirei e agora tenho a honra de os gravar: Renato Torres , Leandro Dias , Jorge Andrade, Dand M. ,Carla Cabral , Arthur Espíndola , Felipe Cordeiro, etc. De fora de Belém , dois compositores paulistas, dois baianos, Chico Buarque e Arnaldo Antunes. Quanto ao processo de seleção, é sempre difícil. No meu caso, sai de 120 músicas, pulei pra 50 e finalizei as 13, certamente cometendo algumas “injustiças” de tirar músicas maravilhosas, mas que naturalmente não caberiam no contexto.
 
- Como está sendo a recepção do público paraense para com as novas músicas, tem tocado nos seus shows mais recentes elas?
 
JS: O público recebe muito bem tudo o que eu aviso que faz parte do CD. Ficam curiosos perguntando quando será o lançamento.
 
- Como será e quando o lançamento do seu primeiro trabalho independente?
 
JS: A previsão é pra ser lançado em junho. Serão feitos dois shows de lançamento do disco, ainda com data e local indefinidos.
 
- Quais são os seus projetos, então, para esse ano?
 
JS: Lançar o disco, divulgar por aqui, Macapá e Manaus. Depois, passar uma temporada de estudos musicais no Rio de Janeiro.
 
- Muito Obrigado pela participação e parabéns pelo trabalho que vem realizando, sempre fui um grande fã seu.
 
JS: Quem agradece sou eu pelo prestígio!
Você pode escutar o trabalho de Juliana Sinimbú em: http://www.myspace.com/julianasinimbu
 
Obrigado aos leitores do mundo virtual, e até o próximo artigo. Abraços sonoros!

Rodrigo Nunes de Souza 

Fonte: Diário do Pará
22/03/2010

quarta-feira, 17 de março de 2010




"I'm Not Dead"
(PINK)
 

There's always cracks
Crack of sunlight
Crack in the mirror on your lips
It's the moment of a sunset Friday
When our conversations twist
It's the fifth day of ice on a new tattoo
But the ice should be on our heads
We only spun the web to catch ourselves
So we weren't left for dead

And I was never looking for approval from anyone but you
And though this journey is over I'll go back if you ask me to

I'm not dead just floating
Right between the ink of your tattoo
In the belly of the beast we turned into
I'm not scared just changing
Right beyond the cigarette and the devilish smile
You're my crack of sunlight

You can do the math a thousand ways but you can't erase the facts
That others come and others go but you always come back
I'm a winter flower underground always thirsty for summer rain
And just like the change of seasons
I know you'll be back again

I'm not dead just floating
Underneath the ink of my tattoo
I've tried to hide my scars from you
I'm not scared just changing
Right beyond the cigarette and the devilish smile
You're my crack of sunlight oh

I'm not dead just yet
I'm not dead I'm just floating
Doesn't matter where I'm going
I'll find you
I'm not scared at all
Underneath the cuts and bruises
Finally gained what no one loses
I'll find you
I will find you

I'm not dead just floating
I'm not scared just changing
You're my crack of sunlight yeah

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"Não estou morta"

Sempre existe impactos
O impacto da luz do Sol,
o impacto do espelho em seus lábios
Nessa manhã de pôr-do-sol de sexta-feira
Quando todas as coversas entortam...
Este é o 15º dia de gelo na nova tatuagem
Mas o gelo deveria estar em nossas cabeças
Nós somente puxamos a rede para nos pergarmos
Então nós não fomos deixados pela morte

Eu nunca estive buscando por aprovação
De ninguem, exceto de você...
E ainda que essa jornada acabe
Eu voltaria atrás se você me pedisse ...

Eu não estou morta, apenas flutuando
Bem entre a tinta e sua tatuagem
Na barriga da fera que nos transformamos
Eu não estou assustada, apenas mudando
Bem além do cigarro e do sorriso diabólico
Você é meu impacto da luz do Sol

Você pode fazer a matemática de milhares de formas
Mas não pode apagar os fatos
Que outros vem e outros vão
Mas você sempre volta

Eu sou a flor do inverno desconhecida
Sempre com sede por uma chuva de verão
E apenas como a mudança de estações
Eu sei que você voltará novamente

Eu não estou morta, apenas flutuando
Debaixo da tinta da minha tatuagem
Eu tentei esconder minhas feridas de você
Eu não estou assustada,apenas mudando
Bem além do cigarro e do sorriso diabólico
Você é meu impacto da luz do sol!

Eu ainda não morri
Eu não estou morta, eu só estou flutuando
Não importa onde eu estou indo,
eu encontrarei você
Eu não estou assustada com tudo isso
Debaixo dos cortes e pisaduras
Finalmente ganhou o que ninguém perde
Eu encontrarei você
Eu encontrarei você

Eu não estou morta, apenas flutuando
Eu não estou assustada, apenas mudando
Você é meu impacto da luz do Sol!